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 Impacto nos Alimentos 

A presença de glifosato e AMPA na alimentação pode representar ameaça à saúde humana se os níveis destes dois compostos forem superiores aos níveis diários aceitáveis (ADI- “Acceptable Daily Intake”; rever Legislação)

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Foram recentemente (2015) revistos os limites máximos de resíduos de glifosato em múltiplos alimentos pela EFSA (European Food Safety Authority), e estes estão geralmente dentro do intervalo 0,025-2mg/kg, com a exceção dos cereais, para os quais foi proposto um LMR de 30mg/kg e também do peixe, que não tem LMR estabelecido. No entanto, isto não deve criar uma preocupação extra quanto ao consumo de peixe na europa pois o glifosato além de não ser aplicado diretamente na água, não é lipofílico, sugerindo assim que não deve haver bioacumulação deste herbicida no peixe.

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A verdade é que o glifosato está presente em grande parte dos alimentos que ingerimos no nosso dia-a-dia, porém existem estudos que referem que isso não deve criar grande desassossego pois mostram que, embora ele esteja presente, a quantidade que é ingerida não é nociva à saúde. Por exemplo, McQueen e colaboradores analisaram alimentos consumidos por grávidas quanto aos resíduos de glifosato e concluíram que, embora este tenha sido detetado em cerca de 75% dos alimentos, a concentração total era menor do que 0,4% do ADI.

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Os níveis encontrados de AMPA no organismo humano podem ter várias origens, entre elas podem vir da ingestão de alimentos previamente tratados com glifosato (ex: vegetais ou frutas) sendo que o glifosato se tenha degradado a AMPA durante o período de tempo em que esteve em contacto com os vegetais ou com as plantas. De notar que não é conhecida a quantidade de AMPA na dieta média europeia, sendo que num estudo [4] que avaliou a exposição de indivíduos europeus ao glifosato e ao AMPA obtiveram-se níveis mais elevados para o AMPA do que para o glifosato em algumas amostras, ajudando este facto à tese de que o AMPA existente no organismo humano terá outras origens além da metabolização do glifosato, sendo uma outra origem do AMPA conhecida a derivada do acessulfame, um adoçante bastante utilizado.

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